Confira a matéria divulgada no portal do Sebrae-SC falando sobre os impactos da quarentena da COVID-19 nos pequenos negócios do turismo, setor que contribuiu com US$ 151,2 bilhões para o PIB em 2018. Entre os entrevistados, Carla Costa, diretora da ABIH-SC, que possui um empreendimento na área gastronômica, em Florianópolis.
Os negócios que trabalham com turismo vêm sendo um dos mais atingidos pelos efeitos da pandemia do coronavírus, em especial, as pequenas empresas. Segundo dados do World Travel (WTTC), entidade mundial de viagens e turismo, em 2018, o turismo contribuiu com US$ 152,5 bilhões para o Produto Interno Bruto (8,1% do total). Ao todo, o segmento gerou 6,9 milhões de empregos. O levantamento ainda detalha que 99% dessa cadeia é composta por pequenas empresas. Elas representam 1,9 milhões de empreendimentos, divididos entre diferentes atividades, como agências de turismo, hotéis e pousadas, transporte, atrativos, eventos e até bares e restaurantes.
Germana Magalhães, coordenadora de Turismo do Sebrae, orienta que os empresários devem planejar como será a administração do negócio durante a paralisação; estruturar canais de atendimento com o cliente visando a negociação das reservas que possam ser utilizadas futuramente, seja remarcando ou gerando créditos, além de dar respostas e soluções rápidas a clientes e fornecedores.
“É essencial que a política de cancelamento seja flexibilizada ao máximo para que essa reserva seja remarcada, evitando o cancelamento e o reembolso. Em um momento como esse, reservas futuras podem garantir o fluxo de caixa mínimo”, orienta. Depois que todas as medidas emergenciais e de adaptações estiverem em curso, é importante o empresário começar a planejar iniciativas para a retomada da normalidade, explica a coordenadora do Sebrae.
Carla Costa é empresária de Florianópolis e está ligada diretamente ao ramo. Além de ser dona de um restaurante e um café, ela tem uma fazenda marinha de ostras e unidade de beneficiamento de pequeno porte. Com o auxílio do Sebrae, a empresa desenvolveu um serviço de visita de turistas que iam até a fazenda de ostras, e na volta, comiam no restaurante. A empresária conta que começou o ano muito bem, com a alta temporada durante o verão, e estava com boas perspectivas até abril, por conta da Páscoa, período em que recebe muitos turistas vindos do Uruguai e Argentina.
Com a realidade da pandemia o fluxo de clientes caiu, e como consequência, a equipe já sofreu cortes. Carla teve que dispensar 10 de seus empegados, ficando com uma equipe de 30 pessoas. Para diminuir os impactos, ela resolveu aproveitar a estrutura do restaurante, mas mudou a estratégia de atuação. “Observei meu inventário e a demanda da região. Optei em vender porções congeladas, coisa que eu já tinha. Fiz a divulgação online para a venda. Depois, observei que na minha região havia uma carência de boas pizzarias, e por conta da minha cozinha bem equipada, aproveitei a oportunidade”, explicou a empresária.
O que pode ser feito no período de paralização das atividades:
Planeje como irá administrar sua empresa nesse momento de paralização.
Fique atento às medidas econômicas do governo e bancos quanto ao apoio aos pequenos negócios e ao setor de turismo.
Depois que todas as medidas emergenciais e de adaptação estiverem em curso, comece a pensar na sua retomada.
Fonte: SEBRAE-SC