As duas modalidades dentro do mercado imobiliário voltadas para férias e hotelaria, a Multipropriedade e o Short Term Rentals, representam um novo conceito de investimento e lazer. Um setor que, diferente da hotelaria tradicional que amargou um dos piores momentos em 2020, com uma queda de quase 60% na taxa de ocupação e mais de 14,5% na diária média, viu seus números crescerem a patamares de mais de 24% nos últimos 04 anos, segundo o levantamento realizados pela Caio Calfat Real Estate Consulting entre junho 2020 e abril 2021.
Com uma ampla bagagem na administração de mais de 70 hotéis no país, Paulo Roberto Caputo, sócio-diretor da Livá Hotéis, a primeira operadora independente de empreendimentos multipropriedade no país, fala sobre este crescimento e as oportunidades geradas por uma gestão eficiente. “Eu precisava investir fortemente em tecnologia para melhorar meu negócio na hotelaria tradicional e acabei encontrando essa oportunidade em novos segmentos que crescem vertiginosamente”, explica.
Caputo já colhe os frutos de uma operação enxuta conquistada com seus investimentos tecnológicos, onde o back-office é realizado por apenas 0,9 pessoas, número bem menor do que opera a hotelaria tradicional que é de até 03 pessoas por empreendimento. Como? Através de tecnologia, gestão eficiente e centralizada. São 60 pessoas cuidando da operação de 70 empreendimentos, tudo interligado por uma rede, com dashboards e indicadores que não deixam dúvidas sobre a produtividade e performance de cada um.
Para Caputo, a multipropriedade é hoje, na hotelaria, onde existe a maior quantidade de projetos. São 120 no Brasil. Para ele, a grande diferença na gestão está justamente em atender a dois clientes, o hóspede e o proprietário. “No Resort de Olímpia, recentemente inaugurado, são 1000 apartamentos, cada um com até 26 sócios, ou seja, você terá 26mil clientes com os quais você vai ter que se relacionar, cobrar taxas mensalmente e manter um diálogo que atenda a expectativa de cada um. Além disso, cada quarto comporta até 04 pessoas, então imagine que você tem que fazer o check-in e ter todos os processos da hotelaria. Se você não usar a tecnologia para aprimorar esses processos o grau de satisfação cai”, reforça Caputo.
A multipropriedade vai expandir o turismo no Brasil. “Ela chega para trazer mais resorts, descobrir novos destinos e proporcionar lazer para aquelas famílias que não teriam condições de desfrutar de um período tão longo em um empreendimento com este padrão”.
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