07.jun.18 | Por: ABIH-SC

Ministro defende aval a cassinos e investimentos em parques temáticos

A indústria do turismo deve crescer cerca de 3% neste ano, mas poderia registrar um ritmo mais forte, disse o ministro Vinicius Lummertz, durante o seminário ‘Investe Turismo’, realizado em São Paulo, com apoio do Valor e O Globo.

Segundo ele, o setor precisa mudar a estrutura atual e a estratégia de operação para aumentar o tamanho dessa indústria no país. “Da forma com que está montado, isso é que o turismo vai entregar. Precisamos mudar o que temos hoje para termos resultados diferentes”, afirmou.

O Brasil, uma das dez maiores economias do mundo, recebe apenas 0,5% de 1,3 bilhão de turistas que viajam pelo mundo todos os an0s, 011 cerca de 6,5 milhões de viajantes por ano. Os brasileiros gastam US$ 18 bilhões no exterior, mas os estrangeiros despendem no Brasil US$ 7 bilhões, gerando um déficit da ordem de US$ 13 bilhões.

“O turismo é muito grande para ser deixado de lado”, disse, lembrando que o setor responde por 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, gerando 20% dos empregos globais. “Nós temos vantagens comparativas para desenvolver a indústria do turismo”, disse. “Mas precisamos melhorar nosso ambiente de negócios”, afirmou.

Entre as medidas que estão sendo tomadas, Lummertz destacou 0 visto eletrônico para viajantes estrangeiros, a aprovação de acordo de ‘céus abertos’ com os Estado Unidos, a defesa da ampliação do limite do capital estrangeiro na aviação doméstica — hoje com teto em 20% – e a transformação da Embratur em uma agência de promoção do turismo com maior autonomia.

O ministro disse que o Brasil precisa explorar as oportunidades da tecnologia. “O turismo é tecnologia”, afirmou, destacando que após 0 Visto eletrônico ser implementado no Brasil para alguns países 0 número de Vistos concedidos para esses países — Estados Unidos entre eles – cresceu mais de 70%.

Lummertz disse que o Brasil é importante para o turismo porque os viajantes domésticos somam mais de 200 milhões por ano, com 40 milhões de turistas internos.

Ele defendeu a autorização dos cassinos no Brasil, apontando que o país poderia atrair mais de R$ 50 bilhões em investimentos e renda. “No mundo todo, os cassinos são permitidos. Portugal tem e é tranquilo. O Brasil não pode ser uma bolha”, disse.

O ministro também defendeu investimentos em marinas para estimular 0 turismo náutico e investimentos em parques temáticos. “Nós cobrávamos imposto sobre equipamentos de parques como se fosse um bem particular. Não fazia sentido”, disse.

 

Fonte: Valor Econômico

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