Ministro Vinicius Lummertz se reuniu com representantes da Embaixada dos EUA em Brasília
A ampliação da chegada de visitantes e investidores norte-americanos ao Brasil foi assunto de reunião nesta terça-feira (09), em Brasília, entre o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, e o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Michel McKinley. A pauta envolveu assuntos como o aumento da conectividade aérea e a concessão de parques naturais à iniciativa privada, medidas que facilitam o fluxo de viajantes e tendem a aumentar o interesse por atrativos nacionais.
O ministro destacou que ações como a abertura de empresas aéreas ao capital estrangeiro, em tramitação no Congresso Nacional, vão aprimorar a estrutura turística do país e sugeriu a participação dos EUA na exploração de atividades em unidades de conservação ambiental. “Precisamos nos abrir para atrair investidores, com medidas como o acordo de céus abertos. Estamos empenhados em garantir segurança jurídica e criar melhores condições para trazer investimentos para o Brasil”, enfatizou.
Lummertz lembrou que o Legislativo analisa outras mudanças voltadas ao desenvolvimento do turismo, a exemplo da modernização da Embratur e da atualização da Lei Geral do Turismo. O embaixador Michael McKinley afirmou que a facilitação de vistos incrementou a procura do Brasil por norte-americanos e apontou a necessidade de aprimoramentos na divulgação de destinos. “Peru e Colômbia, onde fui embaixador, fizeram uma revolução nessa área, e o Brasil tem muito a oferecer”, comparou. O ministro ressaltou que a transformação da Embratur em agência vai impulsionar a promoção internacional, tarefa que ainda conta com baixo orçamento.
Lummertz acrescentou, ainda, que o MTur trabalha pela ampliação da facilitação de vistos a indianos e chineses, a fim de atrair mais turistas. O sistema de e-Visa já funciona para cidadãos dos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Japão. O conselheiro da Embaixada dos EUA, William Popp, avaliou que a simplificação das autorizações de entrada no País é essencial para que o Brasil ultrapasse a barreira dos 7 milhões de turistas estrangeiros. “Os americanos são mais dispostos a ir para onde é mais fácil. E também para onde haja voos diretos”, observou.
Além disso, o ministro informou, durante a reunião, que o Ministério do Turismo repassará aos EUA informações sobre a concessão de parques nacionais: “contamos com a participação de atores mundiais e o know-how norte-americano é especialmente bem-vindo neste processo”. A unidade de conservação ambiental do Pau Brasil (BA) acaba ter serviços de apoio ao turismo concedidos à iniciativa privada, e outras seis áreas naturais também devem ter editais lançados em breve pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Também participaram da reunião o chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do MTur, Rafael Luisi; a conselheira comercial da Embaixada dos EUA, Camile Richardson, e a chefe da Seção Consular da Embaixada, Antonia Cassarino-Gonçalves.
PERFIL – Os Estados Unidos são o segundo maior mercado emissor de visitantes para o Brasil, atrás apenas da vizinha Argentina. Conforme a Demanda Turística Internacional do Ministério do Turismo, dos 6.588.770 viajantes internacionais que vieram ao país em 2017, os norte-americanos responderam por um total de 475.232, enquanto os argentinos somaram 2.622.327. Estudos do MTur apontam que cidadãos dos EUA injetam cerca de US$ 710,5 milhões por ano na economia nacional.
Fonte: Ministério do Turismo