04.dez.20 | Por: ABIH-SC

ABIH-SC e FHORESC na luta pelo aumento da taxa de ocupação

A situação econômica da indústria hoteleira catarinense é grave. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina – ABIH-SC, e demais entidades representantes dos meios de hospedagem, vendo a luta dos empresários do setor para sobreviver, e manter os atuais empregos e a geração de renda em diversos municípios que sobrevivem da atividade turística, gostaria de Vossa Senhoria especial atenção quanto a revogação da medida que atualmente determina a taxa de ocupação nas 13 regiões turísticas em 30%, mediante o abaixo exposto.

Está chegando um momento muito importante para a hotelaria, a “alta temporada”, hora de buscar os recursos financeiros que irão honrar os compromissos assumidos com fornecedores, bem como, cobrir os investimentos realizados em toda rede hotelaria para se adaptar às novas legislações sanitárias impostas.

Com essa nova redução de ocupação de leitos e a proibição de venda maior que 30%, além do Estado perder em arrecadação de impostos, estamos abrindo uma grande lacuna para uma concorrência desleal. O Airbnb está sendo a maneira mais utilizada para aluguéis de apartamentos, deslocando os hóspedes dos hotéis – que pagam impostos e seguem regras de prevenção à Covid-19 – para este processo informal sem nenhum pagamento de impostos e cuidados com os protocolos de saúde determinados para o controle da pandemia. Se um prédio residencial pode ser 100% ocupado em locações do Airbnb, por qual motivo a rede hoteleira não pode ter 100% da sua ocupação, mesmo seguindo todas as regras sanitárias?

Um levantamento realizado pela Santur mostra que o impacto econômico na rede hoteleira de Santa Catarina até dezembro deve ultrapassar os R$ 32 milhões. No entanto, reduzindo novamente a taxa de ocupação para percentuais de 30%, os prejuízos serão ainda maiores.

Atualmente são 5754 meios de hospedagens registrados na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina – Jucesc, nas 13 regiões turísticas, gerando mais de 300 mil postos de trabalho. Grande parte já fechou suas portas e outra parte significativa poderá fechar se as atuais medidas redutivas forem mantidas, ampliando ainda mais o número de desempregados.

A grande oscilação quanto ao percentual real de reservas, estão prejudicando a comercialização, o planejamento e a estrutura para atendimento. É preciso compreender que para o bom funcionamento da operação é necessário contratar e treinar equipe, adquirir produtos e insumos e, principalmente, realizar as reservas de forma antecipada, já que o item hospedagem é o primeiro a ser pensado ao se escolher um destino.

O início da pandemia causada pela Covid-19 atingiu a temporada de menor fluxo econômico do estado. No entanto, o ônus com devoluções e cancelamentos nos primeiros meses do ano, fez com que muitos empreendimentos fechassem suas portas, e isso não pode mais acontecer. É preciso que o governo nos dê segurança para que possamos continuar a desenvolver o trabalho de excelência que a hotelaria catarinense sempre desenvolveu. Estamos novamente neste caótico cenário de cancelamentos e devoluções. Necessitamos que seja feita, imediatamente, uma reformulação da atual forma de determinação da quantidade de Unidades Habitacionais – UH’s disponíveis para ocupação. Não podemos ficar reféns da matriz de risco.

Outro item que solicitamos especial atenção é quanto a proibição dos meios de hospedagem de cederem cadeiras e guarda-sóis, bem como, realizar o atendimento aos hóspedes na praia.  A hotelaria quer entender os motivos dessa diferença, já que há ambulantes alugando os equipamentos, e há bares realizando o atendimento nas praias.

Nossos questionamentos são para que esta indústria, que está sendo prejudicada mortalmente desde o início da pandemia, possa trabalhar e gerar empregos, sempre com a total segurança que o momento exige e as pessoas merecem.

Ante ao exposto, aguardamos um pronunciamento, o mais breve possível para que toda categoria possa voltar a trabalhar com uma taxa de ocupação 100%.  A hotelaria catarinense não pode mais esperar!

Respeitosamente,

Osmar José Vailatti                                                

Diretor-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina ABIH-SC                                        

Estanislau Emílio Bresolin

Presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de Santa Catarina – FHORESC

Ranieri Moacir Bertoli

Representante Hoteleiro

 Siga as redes sociais da ABIH-SC

Instagram | Facebook | YouTube

compartilhe:

PUBLICAÇÕES SEMELHANTES